A língua maltesa (Lingwa Maltija; Malti) é uma das línguas semíticas e única dessa família de línguas que usa o alfabeto latino. É falada na ilhas de Malta, Gozo e Comino. São 387 mil os falantes como língua materna.[1]
O maltês é a língua oficial e nacional de Malta, onde também o inglês goza de status oficial.[2]É também uma das línguas oficiais da União Europeia, a única das línguas semíticas com essa consideração. O maltês tem origem no sículo-árabe, dialeto árabe que se desenvolveu na Sicília, sul da Itália e Malta.[3] Cerca de metade do vocabulário vem do italiano e do siciliano, cerca de 20% vem do inglês. É a única língua semítica escrita na sua forma padrão com o alfabeto latino.
No fim do século XI, Malta começou a ser ocupada por falantes de sículo-árabe da Sicília, que fora conquistada pelo Califado Fatímida no fim do século IX. A conquista normanda em 1090, seguida pela expulsão dos muçulmanos, isolou permanentemente a língua da ilha do árabe padrão, criando condições para que se tornasse uma língua à parte, enquanto na própria Sicília o árabe foi extinto em favor do siciliano.[4]
A mais antiga referência ao maltês vem dos monges Beneditinos da Catânia, que em 1364não puderam abrir um mosteiro em Malta por não entender a língua local. Em 1436, por ordem de um homem chamado Pawlu Peregrino, a língua foi pela primeira vez identificada como lingua maltensi. O mais antigo documento conhecido em língua maltesa é uma Cantilena (em Maltês: Xidew il-Qada), poema do século XV, de autoria de Pietro Caxaro.[5] O primeiro dicionário maltês foi escrito pela corte do cavalheiro francêsFrançois de Vion Thezan em 1640. Inclui notas sobre a gramática da língua e uma seção informando frases em italiano e em maltês para dar ordem a soldados. Ainda são disponíveis Facsimiles dessa obra.
Giacomo Bosio escreveu entre 1594 e 1602 o livro Dell'Istoria della Sacra Religione et Illustrissima Militia di San Giovanni Gierosolimitano (História da Sagrada Religião e Ilustre Milícia de São João de Jerusalém). Nessa obra, Bosio endossa a ideia de que a língua maltesa originava-se da língua púnica ou (cartaginesa). O próprio Bosio informa que quando da colocação da pedra fundamental de La Valletta, um grupo de anciãos malteses disse: Iegi zimen en fel wardia col sceber raba iesue uquie(em maltês atual Jiġi żmien li fil-Wardija [l-Għolja Sciberras] kull xiber raba’ jiswa uqija, em português Virá o tempo em que cada pedaço de terra na "Colina Sciberras" valerá seu peso em ouro. Esse é mais antigo documento impresso em maltês.
Pasquale Vassallo, um frade dominicanoescreveu várias canções em italiano e em maltês em 1584, as quais foram queimadas pela Inquisição em 1585 por seu conteúdo dito como obsceno.[6]
O maltês passou a ser língua oficial de Malta em 1934, junto com o inglês, quando o italiano perdeu esse status.
Em 1975, estimavam-se 387 mil falantes de maltês, dos quais 300 mil residindo em Malta.[1]Há milhares de imigrantes malteses na Austrália, no Canadá, Gibraltar, Itália, Reino Unido e Estados Unidos que ainda falam a língua. Em 2007, foi verificado que a língua ainda é falada por imigrantes malteses que vivem na Tunísia.
O maltês é uma língua semítica derivada do sículo-árabe[8], a qual no curso da história de Malta foi influenciada pelo italiano e pelo siciliano. Numa menor extensão foi influenciada pelo Francês e mais recentemente pelo inglês. Hoje, o vocabulário base e as "palavras gramaticais" (artigos, pronomes, conjunções, interjeições, verbos auxiliares, demonstrativos, etc) são semíticas, com muitas palavras de origem externa.[9] Devido também à influência siciliana no Sículo-Árabe, o maltês tem muitas características de contato com muitas línguas, sendo classificado como língua com muitas influências externas.[10]
O maltês foi historicamente classificado de várias maneiras, em geral contraditórias entre si na opinião dos linguistas de hoje:
- Alguns consideram ser originária da língua púnica, da antiga Cartago, não do sículo-árabe.[6][11][12][13]
- Outros veem origens na língua berbere do norte da África.[6]
- Ao tempo da Itália Fascista, era considerada pelos italianos como mais um dialeto do italiano.[14]
- Outros ainda defendem a ideia do maltês ser derivado de dialetos da língua árabe falada na Tunísia.
Além das letras do alfabeto latino base (sem o Y), a língua maltesa usa diacríticos para adaptar algumas letras à sua fonética:
Vogais: a, e, i, ie, o, u
Ditongos: aj, aw, ej, ew, iw, ghi, ghu
Consoantes (além das com diacríticos apresentadas acima): b, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q, r, s, t, u, v, w, x, z
Entre a população é crescente a substituição da língua maltesa pelo inglês,
Fonte: Wikipedia
Bom, a programação até sábado ficou assim:
Dia 14/02 - passeio de barco pelas bahias de Gzira e Valetta
Dia 15/02 - passeio de barco para as ilhas de Gozo e Comino e hop on hop off em Gozo, passeio de dia inteiro.
Dia 16/02 - hop on hop off na parte sul da ilha de Malta
Dia 17/02 - playmobil park, Dudu merece fechar a viagem com chave de ouro.
E aí? Borajunto?